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Autocuidado, o que é?


Quando você vê listas de tarefas de autocuidado em redes sociais, blogs, como você se sente? Já parou para pensar nisso?

Isso te impulsiona? Te paralisa? Traz angústia ou frustração?

Por definição, autocuidado é um conjunto de práticas de cultivo da saúde física e mental. Mas, diferentemente das inúmeras dicas de beleza espalhadas pelas redes sociais, na seara do autocuidado, os bens e serviços de consumo entram como coadjuvantes meramente dispensáveis.


O protagonismo está nas escolhas baseadas nas necessidades genuínas e individuais.

É importante você saber o que te motiva, te faz bem e feliz e não seguir uma receita de bolo de alguém.


Diferente do que certos locais veiculam, o autocuidado não está diretamente associado ou limitado à rotina de cuidados estéticos, e para ser colocado em prática exige que antes nos façamos uma pergunta: o que eu realmente preciso para ficar bem no dia-dia?

A resposta dessa pergunta envolverá o exercício do autoconhecimento e uma mudança de mentalidade, antes da transformação no comportamento. A dica é separar um tempo para a reflexão. Pense na sua rotina e o quanto ela cumpre os seus objetivos e desejos. Coloque na balança: o que te impede de atingir os seus objetivos e como você tem utilizado o seu tempo. Há tempo no seu dia para você exercer, de alguma forma, o autocuidado? Você está disposto a abrir mão de algo?


Mudar os hábitos de vida não é uma tarefa fácil. Exige força de vontade e determinação. Por isso, entenda que você não vai conseguir e não precisar colocar tudo que deseja em prática da noite para o dia. Uma sugestão é escrever uma lista com tudo que deseja fazer em uma ordem de prioridade e aí seguir um passo de cada vez.


Inclusive para alguns, o autocuidado é o hábito de meditar, ou acordar mais cedo para preparar o próprio café da manhã. Para outros o segredo está em praticar exercícios físicos, consumir mais água, fazer terapia, sair com os amigos. Também pode ser fazer viagens, praticar a espiritualidade. Como pode ver existem diversas coisas, mas o importante é que venha de uma vontade pessoal. Por isso, digo que não existe autocuidado sem autoconhecimento.


Afinal, o autocuidado é muito mais um convite ao autoconhecimento.


É aquele momento só seu, um tempo para você olhar para si e principalmente um momento de pausa. O fator principal é ver o que está desequilibrado e entender o que você está precisando, muitas vezes ver através de algum sintoma qual é a causa mais profunda.

Esse processo de auto-observação leva a uma autoaceitação e entendimento dos seus processos e identificar o quanto você é único. Afinal, é percebendo-se, escutando-se e decifrando-se que ouvimos as nossas reais necessidades, do corpo e da mente.


Aprender a lidar com seus sentimentos é praticar o autocuidado

Aprender a lidar com nossos sentimentos é uma maneira de praticar o autocuidado. Quantas vezes você se questionou por ser tão explosivo, por se sentir ansioso, ou por perder a “cabeça” em uma determinada situação?

Aprender a observar nossos sentimentos é fundamental, pois irá nos ajudar a ter uma maior clareza dos nossos comportamentos, e mais, poderá nos ajudar a prevê determinados comportamentos.

Se você sabe que determinada situação lhe deixa ansioso, e é algo que você pode evitar.


Desenvolver autopercepção é uma forma de autocuidado

Autopercepção é a percepção de si mesma, e para mim, ela é fundamental, na prática, do autocuidado.

Podemos dizer ser a capacidade que a pessoa tem de olhar para dentro de si e se entender, e então, usar o que aprendeu para melhor controlar suas emoções e circunstâncias.

A autopercepção te ajuda a ter uma maior consciência dos seus sentimentos e reações, ajudando-o a tomar decisões menos impulsivas. Então, comece prestando atenção, reflita sobre sua maneira de ser e de se comportar, você irá descobrir muito sobre você.


Resiliência é fundamental para o autocuidado

Resiliência é a maneira como o indivíduo consegue lidar com as adversidades, adaptar-se as mudanças, superar obstáculos. É aprender a enfrentar as adversidades com coragem e a se recuperar das derrotas.

Por que vejo a resiliência como uma forma de autocuidado? Acredito que quanto mais desenvolvemos a resiliência, menor serão os impactos que iremos sofrer sobre nossas emoções, porque mesmo que sentirmos frustração, medo, ansiedade ao depararmos com algum problema, por exemplo, sairemos dessa situação muito mais rápido, mais conscientes e fortalecidos.

A resiliência nos dá aquela consciência de que as adversidades vêm, mas elas passam, portanto, ela muda nossa visão sobre as situações.

Você já ouviu que o autocuidado e a autoestima andam sempre juntos?

Pois é, acontece que não há como preservar o segundo, sem praticar o primeiro. A autoestima é fundamental para que confiemos nas nossas decisões, pois é a partir dela que construímos a avaliação que fazemos de nós mesmos e, para compor a autoestima, é necessário praticar o autoconhecimento.

O autoconhecimento é fundamental para entendermos por que agimos e reagimos de uma determinada forma e para reconhecermos nossas qualidades e pontos fracos. Assim, quando sabemos no que devemos melhorar e quais são as nossas potências, fica mais fácil encarar os desafios do dia-dia e entender que, na verdade, somos sim capazes de lidar com as dificuldades diárias de uma forma muito melhor do que imaginamos.

Esse exercício de se conhecer, portanto, também compõe o autocuidado, pois lhe traz confiança e te permite expandir e superar crenças limitantes como “não sou capaz” ou “não sou merecedor”.


Quando entendemos que o autocuidado é capaz de melhorar a nossa autoestima e nosso poder de tomada de decisões, entendemos também que se trata de uma forma de praticar o amor-próprio, pois – diferente do que muitos pensam – cuidar de si não é uma forma de egoísmo, e sim uma forma de se fortalecer e aumentar a nossa capacidade de ajudar ao próximo. Afinal, como ajudar o outro sem antes estarmos bem com nós mesmos?!

O autocuidado, portanto, nos proporciona maior qualidade de vida, pois fortalece nossa autoestima, nossa autoconfiança e a nossa capacidade de tomar decisões frente aos desafios da vida cotidiana.


Vale ressaltar que a maior qualidade de vida reduz o sofrimento psíquico e o adoecimento físico, levando a redução dos gastos com saúde e aumentando a sensação de bem-estar.


Espero que esse texto ajude alguém começar ou aceitar o próprio processo, a minha intenção é trazer reflexão para que cada um possa florescer bem-estar da sua forma.


Você pode ouvir esse texto através do Podcast Florescendo Bem-estar clicando aqui.


Com carinho,


🌸Luciana Tudeia

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